¿Qué pasa si... el mercado de chips de Taiwán colapsa?
O mercado global de tecnologia tem sua espinha dorsal de semicondutores, especialmente no século 21, viabilizando tudo de spartphones até sistemas de armas sofisticadas. Tradicionalmente, Taiwan tem um papel importante na produção de 60% dos semicondutores e 90% dos chipes mais avançados e cruciais para as tecnologias de geração. Essa fatia desproporcional tornou Taiwan o escudo do silício, usando seus chipes como vantagem geopolítica que hoje sensibiliza tanto a China quantos os EUA.
Mas e se o mercado de chipes de Taiwan quebrar, causando problemas no ecossistema global e canalizando problemas de grande escala?
O início da Curtina de Taiwan
Poderá ocorrer um colapso do crucial mercado de chips de Taiwan se, por exemplo, os militares chineses decidirem aumentar as tensões através de severos embargos comerciais a Taiwan, perturbando gravemente a aquisição de silício e outras matérias-primas necessárias para o fabrico de semicondutores.
Ao mesmo tempo, se os EUA impusessem limites máximos de vendas rigorosos, a escassez resultante estrangularia direitamente as indústrias que dependem da micreletrônica, desde os mais recentes smartphones americanos até aos equipamentos de imagiologia médica europeus e até aos aparelhos de defesa globais que requerem estes componentes de ponta. Isto não só criaria escassez imediata de tecnologia, mas também desencadearia uma turbulência económica significativa, dado o volume e a sofisticação incomparáveis dos semicondutores que Taiwan produz para o mundo.
A busca global por silício
Com a possibilidade da crise no mercado de chipes de taiwan, os Estados Unidos estão em grande necessidade de revigorar sua produção de semicondutores. Já há esforços de manufatura de chipes nos EUA: porém, não dá para esperar que a indústria americana compense imediatamente a demanda de Taiwan.
Como resultado da contração na produção de chipes em Taiwan, a demanda pelo silício necessário para a fabricação de semicondutores aumenta por todo o mundo. Como o Brasil possui a terceira maior reserva de silício do mundo, o país é o principal candidato para colaborar estrategicamente com os Estados Unidos, que surpreendentemente ocupa apenas o quinto lugar em reservas de silício, apesar de sua capacidade tecnológica.
A mudança global na dinâmica de semicondutores
Apesar do atraso na produção de silício bruto, os EUA ainda mantêm uma posição dominante com o seu extenso portfólio de patentes e tecnologia de semicondutores avançados. Esta riqueza de capital intelectual posiciona favoravelmente os EUA para liderar uma resposta transformadora às possíveis perturbações no mercado de chips originárias de Taiwan.
Por outro lado, a ambição da China de auto-suficiência em semicondutores persiste, apesar das suas autuais deficiências tecnológicas em comparação com Taiwan. A determinação da China, aliada a uma parceria reforçada com o robusto sector tecnológico da Rússia, sugere a formação de um novo e formidável bloco na indústria tecnológica, conduzindo potencialmente a uma forte divisão da "cortina de silício" que lembra a era da Guerra Fria.
Silício por um fio
As nações estão tentando garantir seu futuro tecnológico e uma coisa é clara: o mundo não pode fechar os olhos para o papel de Taiwan na manutenção do pulso da vida digital. As estratégias que os intervenientes globais adotarem hoje moldarão o cenário tecnológico de amanhã e, com ele, o destino da economia mundial. Caso o mercado de chips de Taiwan desmorone, os tremores secundários serão sentidos em todos os cantos de um mundo dependente da tecnologia. É um lembrete claro das intrincadas interdependências que unem a ordem económica e geopolítica global.